sábado, 25 de dezembro de 2010

Por dentro e fora de mim.


Naquela fria manhã, eu acordei bem sonolenta, sentindo borboletas no estômago e um gosto doce na boca, ou no coração. Por um minuto eu fiquei sem pensamentos, acho que ainda meio desconcertada. Até que poucos minutos depois, revivi tudo o que tinha ocorrido nos últimos meses. Tentei organizar os pensamentos, já que eles pareciam embaralhados na minha memória. Senti meu coração, e perguntei porque ele estava tão, digamos assim, leve. Percebi que meus pensamentos não estavam mais girando em torno de quem eu não queria pensar (ou queria, talvez), já que ele não foi a primeira pessoa que eu pensei ao acordar. 
Fiquei sentada na cama por uns 15 minutos provavelmente, pensando no por que eu acreditei durante tanto tempo que as dores no coração não passavam. O tempo é o remédio mais milagroso entre todos os outros, e ele tratou de me curar.
De repente, senti uma força dentro de mim, nas minhas pernas. Levantei-me, tomei um bom banho de água quente e senti cada gota d'água batendo em mim como uma fonte curativa, eliminando todos os resíduos de tal pessoa serem eliminados da minha alma. A dor de cabeça logo passou, e eu parei para pensar o que eu ainda estava fazendo trancada dentro do quarto. O mundo lá fora estava a minha espera, querendo que eu jogasse para o ar livre todas as amarguras que estavam derrotadas ali, no cantinho do coração.
Logo coloquei a minha roupa mais bonita, e com os cabelos ainda molhados, saí de casa.
A cada passo que dava, sentia como se houvesse pessoas ali do meu lado, à minha frente, atrás e longe, me aplaudindo, como se eu tivesse ganhado o mundo só para mim.
Senti olhares de vários meninos me observando, e me perguntei por que eu não havia percebido isso a tempos atrás. Meu coração me deu uma resposta: eu estava cega, hipnotizada e acabando com meus próprios sentimentos.
Mais o tempo, e o coração, trataram de me ajudar, já que nem eu mesma me ajudava. E então, eles finalmente conseguiram. Eu já estava me amando antes de amar os outros, especialmente uma pessoa.
Naquele dia, e em todos os outros dali para frente, eu vivi como se nunca mais tivesse outra oportunidade de viver algo parecido, dei todos os meus mais sinceros sorrisos, e conquistei o brilho das estrelas e a luz do sol, que pareciam me iluminar de forma mais intensa possível de noite e de dia.

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