Virei imediatamente, e recebi o troco do garçom do restaurante que eu havia comido. Logo me dirigi a porta, e vi Paolo se levantar da mesa que se sentava.
Puxei a imensa porta de vidro e pelo reflexo vi sua mão fazer isso para mim.
- Quer ajuda? - ele falou.
- Como quiser, obrigada. - respondi.
- Costuma vir sempre aqui, Bianca?
Fiquei perplexa e tentei entender como ele sabia meu nome, até lembrar que eu o tinha escrito no pescoço.
- Primeira vez, e você?
- Eu também. - respondeu.
- Que tal dar uma volta comigo? Garanto que não sou nenhum maníaco que vai tentar seqüestrar você.
Dei um riso de canto de boca, e dei passos a frente. Ele logo entendeu que aquilo era um sim e retribuiu o sorriso.
Ficamos em silêncio por pelo menos um minuto, e aquilo parecia uma eternidade para mim. Ele quebrou o clima.
- Você é do Rio mesmo?
- Sim, e você? - respondi. Eu obviamente já sabia a resposta. Aquele tipo de beleza não seria brasileira.
- Não, sou de Nova York. Vim passar uma temporada por aqui, conhecer o país, e confesso ter adorado ainda mais depois de conhecer você.
Confesso ter ficado meio sem graça, e sem resposta. Tentando fugir para não ter que responder, mudei o assunto.
- Você fala fluentemente português, né? - perguntei.
- Falo três línguas fluentemente. Inglês, francês e português.
Isso me fez se encantar ainda mais por ele. Além de lindo, era inteligente. O rosto não negava.
Percebi que ele me olhava com uma força, com um olhar marcante, de me conquistar ainda mais. Nós não sabíamos para onde estávamos caminhando, até nos darmos conta que estávamos quase no meio da rua. Se não fossem as terríveis buzinas, eu ainda estaria ali, hipnotizada por ele.
- Quer dar um passeio por um parque que tem aqui perto? - perguntei, temendo que ele dissesse um não.
- Sim Sim, adoraria, ainda mais com você. - ele respondeu rapidamente.
Meu coração bateu mais rápido por alguns segundos, e eu percebi que estava parecendo uma idiota ali, parada, deixando entregar meus pensamentos logo de cara para ele. Com certeza ele já havia percebido que ele já não era mais um turista desconhecido ali na cidade para mim, ele já tinha um nome na minha cabeça, Paolo.
- Pode deixar que eu chamo o táxi. - ele se ofereceu.
No mesmo minuto passou um na rua, e ele acenou com a mão. Ele tinha charme até para chamar um táxi, sinceramente.
O carro parou, ele entrou.
- Entre Bianca, vamos!
Eu ainda estava parada, me perguntando como eu poderia ter tanta sorte, ou porque o destino poderia ser tão justo comigo.
Entrei no táxi, fechei a porta de maneira suave, e tinha uma certeza: De ali em diante, bons momentos me esperavam.
- Camila Léda.
Oi, queria te dar os parabéns, seu blog é ótimo,gostei muito,já está nos meu favoritos.Há e ele também tem a cara do meu.Me identifiquei muito,continue assim sucesso beijos :D
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